29 fevereiro 2008

Pés às escuras

O dia 29 de Fevereiro apenas acontece de 4 em 4 anos.

(O post não é sobre esta evidência, mas apeteceu-me começar assim)

Andou a circular via correio electrónico uma mensagem de apelo ao bem estar do planeta onde temos os pés. Para que ele "respire", sugere-se que, entre as 19:55h e as 20:00h, todas as luzes e todos os electrodomésticos sejam desligados, por esses cantinhos da Terra.

É uma atitude. Veremos no que dá...

28 fevereiro 2008

O segredo da vida

Gosto de ler os livros do angolano Pepetela. Mas tenho de confessar que não consgui passar muito além das primeiras páginas de Jaime Bunda e a Morte do Americano. Entediou-me, ao contrário dos seus outros textos.
Reli há pouco tempo A Geração da Utopia e acompanhei os percursos sinuosos de Vítor e de Aníbal, as duas personagens masculinas que mais se destacam. Ambos fizeram as suas escolhas perante a roda viva do mundo pelo qual lutaram: Vítor cedeu à facilidade e ao conforto de não questionar os destinos menos dignos e Aníbal, não conseguindo viver num mundo apodrecido, construiu a utopia de se exilar sem enfrentar outras lutas.
É claramente um livro marcado pelo desencanto: para com a política, a sociedade e o singular ser humano num país novo.
Mesmo com os desvios, a Aníbal foi ensinado “o segredo da vida: o prazer de viver está em viver o prazer do instante, como único. Espaçado, para que a reminiscência do anterior se ligue ao pressentimento do seguinte. Mas suficientemente frequente para que o ponto-morto não seja doloroso, pela saudade”.

27 fevereiro 2008

Primeiros passos

Mais uma letra de uma música de Sérgio Godinho neste blog, com passos dados por pés e corações.
A princípio é simples anda-se sozinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no borborinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se come-se e alguém nos diz bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se um descanso por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E entretanto o tempo fez cinza da brasa
outra maré cheia virá da maré vaza
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

26 fevereiro 2008

Pasta Brava


Uma sugestão para um saboroso jantar: Pasta Brava!
Aprendi esta receita a ver fazer. Não são necessários muitos ingredientes e é de confecção fácil. Preparadas as amêijoas e o camarão, põe-se num tacho ao lume com bastante azeite, um pouco de alho e duas ou três malaguetas, daquelas que picam mesmo na língua. Também se podem adicionar coentros picados, salsa, etc... O que houver na despensa e na imaginação. Já fora do lume, é só juntar a massa cozida (a Pasta Brava da foto foi feita com macarronete).
Bom apetite!

Um pensamento

Fui ao Público buscar um pensamento do conhecido João César das Neves:
"Vivemos num mundo de espelhos, numa fogueira de ilusões. Consideramo-nos informados e esclarecidos mas nos assuntos sérios, opções estratégicas, problemas de fundo, novas infra-estruturas, escândalos empresariais, temos de admitir que ninguém se entende".
Pois é...

22 fevereiro 2008

Hora de mudança

Com a sua retirada mais oficial da liderança de Cuba, Fidel Castro assume que não haverá mudanças no país, tal como outros pés mandantes do mundo querem. Mudança há sempre, tudo se altera, nem que seja para um estado pior do que o actual. Cá estaremos para ver as transformações num dos últimos redutos de teimosa resistência.
A propósito destas alterações no nosso mundo, lembrei-me do mítico Che e de uma das suas frases mais emblemáticas: Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás.
E sem se perderem os sonhos, de pés assentes...

20 fevereiro 2008

Raízes

Há pouco tempo, andei por terras revestidas de imbondeiros (ou embondeiros ou ainda baobabs), na provícia do Bengo, em Angola. Este tem as suas raízes em Kakengue. Felizmente, por lá, ninguém teve a ideia do Principezinho, de arrancar todas as plantas do seu asteróide.
Este impressionou-me particularmente, com as suas múkuas e solidez. Bem fincado no solo em desafio à nossa perenidade, para que façamos dela força.

18 fevereiro 2008

World Press Photo 2008

Aqui fica a dica para visitarem as fotos vencedoras deste ano do World Press Photo. Esta é a do português Miguel Barreira que conseguiu o 3.º lugar na categoria desportos de acção.



Espreitem aqui as outras vencedoras:

http://www.worldpressphoto.org/index.php?option=com_photogallery&task=blogsection&id=18&Itemid=187&bandwidth=high

Calcular a pegada de carbono

"Act on CO2" - Calcular a "pegada de carbono"

Uma calculadora online que oferece a possibilidade de descobrir a "pegada de carbono" de cada pessoa, utilizando dados e cálculos reconhecidos pelo governo, foi lançada recentemente pelo Ministério do Ambiente do Reino Unido.

Através da calculadora, é possível saber de forma fiável a "pegada de carbono" da su acasa, equipamentos utilizados e transporte.

Pode encontrar a calculadora em www.direct.gov.uk/actonCO2

in INGENIUM Nov/Dez 07

Cá em Portugal também existe a iniciativa Carbono Zero, onde podemos ficar a saber que quantidade de CO2 emitimos para a atmosfera e que iniciativas existem para podermos reduzir e compensar as emissões que lançamos para o planeta:

www.carbono-zero.com

17 fevereiro 2008

Pormenores de Angola

A segurança

A rapidez dos chineses

Tem sede? Experimente um coppo d'água!

O último jantar em Luanda (com publicidade...)

16 fevereiro 2008

Letras para caminhar

Perfect Day é a minha música preferida do Lou Reed, que tem outra mais adequada ao tema deste blog, feito com pés: Walk on the Wild Side.
Hooly, Candy, Joe, Sugar Plum Fairy e Jackie são as personagens que nos incitam a "Take a walk on the wild side". É mesmo isso: "Hey honey, Take a walk on the wild side"!
And the coloured girls go doo do doo do doo do do doo...

14 fevereiro 2008

A história do Valentim


Acreditem na que quiserem. Os brasileiros explicam-na assim:

As comemorações dos Dias dos Namorados possuem várias explicações possíveis, baseadas na tradição cristã, romana e pagã. A Igreja Católica reconhece três santos com o nome de Valentim, mas o santo dos namorados parece ter vivido no Século III, em Roma, onde os casais celebram seu dia, em 14 de Fevereiro.
Valentim era um sacerdote cristão contemporâneo do imperador Cláudio II, que queria constituir um exército romano grande e forte, mas não conseguiu atrair muitos soldados, porque os homens não se dispunham a abandonar as suas mulheres e famílias e partirem para a guerra. Assim, o imperador proibiu os casamentos entre jovens e Valentim, revoltado, resolve realizar casamentos secretos. Quando foi descoberto, foi preso, torturado e decapitado a 14 de Fevereiro.
Já na Roma Antiga, a data era celebrada em 15 de Fevereiro (que, no calendário romano, coincidia aproximadamente com o início da Primavera) no festival Os Lupercalia. Na véspera desse dia, eram colocados em recipientes pedaços de papel com o nome das raparigas romanas. Cada rapaz retirava um nome, e essa rapariga seria a sua namorada durante o festival (ou, eventualmente, durante o ano que se seguia).
Com o tempo, o dia 14 de Fevereiro ficou marcado como a data de troca de mensagens amorosas entre namorados, sobretudo em Inglaterra e na França - e, mais tarde, nos Estados Unidos. Neste último país, onde a tradição está mais institucionalizada, os cartões de S. Valentim já eram comercializadas no início do século XIX.
Há também quem defenda que o costume de enviar mensagens amorosas neste dia não tem qualquer ligação com o santo, datando da Idade Média, quando se cria que o dia 14 de Fevereiro assinalava o princípio da época de acasalamento das aves.
No Japão existem dois dias dos namorados. O primeiro é 14 de Fevereiro, quando as mulheres dão presentes e chocolates para amigos, namorados e afins. E no dia 14 de Março é a vez dos homens retribuírem o presente.

http://www.esteticderm.com.br/amenidades/namorados.htm

Dia de São Valentim

Neste Dia de São Valentim, no qual os namorados celebram os seus amores, vale a pena ouvir uma música original dos Dire Straits, Romeo and Juliet (mas na versão dos The Killers, que prefiro):

A lovestruck Romeo, sings the streets a serenade
Laying everybody low with a love song that he made
Finds a streetlight, steps out of the shade
Says something like, "You and me, babe, how about it?"

Juliet says, "Hey, it's Romeo, you nearly gave me a heart attack"
He's underneath the window, she's singing
"Hey, la, my boyfriend's back
You shouldn't come around here, singing up people like that
Anyway, what you gonna do about it?"

Juliet, the dice was loaded from the start
And I bet, and you exploded in my heart
And I forget, I forget.. the movie song
When you gonna realize, it was just that the time was wrong, Juliet?

Come up on different streets, they both were streets of shame
Both dirty, both mean, yes and the dream was just the same
And I dream your dream for you and now your dream is real
How can you look at me, as if I was just another one of your deals?

Well, you can fall for chains of silver, you can fall for chains of gold
You can fall for pretty strangers and the promises they hold
You promised me everything, you promised me thick and thin, yeah
Now you just say, "Oh, Romeo, yeah, you knowI used to have a scene with him"

Juliet, when we made love, you used to cryI said,
"I love you like the stars above, I love you till I die"
And there's a place for us, you know the movie song
When you gonna realize, it was just that the time was wrong, Juliet?

I can't do the talk, like the talk on the TV
And I can't do a love song, like the way it's meant to be
I can't do everything, but I'd do anything for you
I can't do anything except be in love with you

And all I do is miss you and the way we used to be
All I do is keep the beat, and the bad company
And all I do is kiss you, through the bars of Orion
Juliet, I'd do the stars with you any time

Juliet, when we made love, you used to cryI said,
"I love you like the stars above, I'll love you till I die"
There's a place for us, you know the movie song
When you gonna realize, it was just that the time was wrong, Juliet?

A lovestruck Romeo, he sings the streets of serenade
Laying everybody low with a love song that he made
Find a convenient streetlight, steps out of the shade
He says something like, "You and me, babe, how about it?"

13 fevereiro 2008

não tenham medo de tropeçar e cair ... o que importa mesmo é continuar!!

resolvi partilhar convosco estas palavras de incentivo que recebi...o que este texto nos diz já não é novidade nenhuma, mas há alturas que temos que ouvir de novo.

Subir pelo lado que desce

Viver é subir uma escada rolante pelo lado que desce.
Ouvindo esta frase, imaginei qualquer pessoa nessa acrobacia que as crianças fazem ou tentam fazer: escalar aqueles degraus que nos puxam inexoravelmente para baixo. Perigo, loucura, inocência, ou uma boa metáfora do que fazemos diariamente?
Poucas vezes me deram um símbolo tão adequado para a vida, sobretudo naqueles períodos difíceis em que até pensar em sair da cama dá vontade de desistir. Tudo o que quereríamos era taparmos a cabeça e dormirmos, sem pensarmos em nada, fingindo que não estamos nem aí...
Porque Tanatos, isto é, a voz do poço e da morte, nos convoca a cada minuto para que, enfim, nos entreguemos e acomodemos. Só que acomodar-se é abrir a porta a tudo aquilo que nos faz cúmplices do negativo. Descansaremos, sim, mas tornando-nos filhos do tédio e amantes da pusilanimidade, personagens do teatro daqueles que constantemente desperdiçam os seus próprios talentos e dificultam a vida dos outros.
E o desperdício da nossa vida, talentos e oportunidades é o único débito que no final não se poderá saldar: estaremos no arquivo-morto.
Não que não tenhamos vontade ou motivos para desistir: corrupção, violência, drogas, doença, problemas no emprego, dramas na família, buracos na alma, solidão no casamento a que também nos acomodamos... tudo isso nos sufoca. Sobretudo, se pertencermos ao grupo cujo lema é: Pensar, nem pensar... e a vida que se lixe.
A escada rolante chama-nos para o fundo: não dou mais um passo, não luto, não me sacrifico mais. Para quê mudar, se a maior parte das pessoas nem pensa nisso e vive da mesma maneira, e da mesma maneira vai morrer?
Não vive (nem morrerá) da mesma maneira. Porque só nessa batalha consigo mesmo, percebendo engodos e superando barreiras, podemos também saborear a vida. Que até nos surpreende quando não se esperava, oferecendo-nos novos caminhos e novos desafios.
Mesmo que pareça quase uma condenação, a ideia de que viver é subir uma escada rolante pelo lado que desce é que nos permite sentir que afinal não somos assim tão insignificantes e tão incapazes.
Então, vamos à escada rolante: aqui e ali até conseguimos saltar degraus de dois em dois, como quando éramos crianças e muito mais livres, mais ousados e mais interessantes.
E porque não? Na pior das hipóteses, caímos, magoamo-nos por dentro e por fora, e podemos ainda uma vez... recomeçar.

Lya Luft
Pensar é transgredir
Lisboa, Presença, 2005

Lisboa-África

Neste caso são os pés africanos que tentam descobrir-se em terras ocidentais...


Lisboa Invisível
No âmbito do Ciclo Outras Vozes Lisboa-África, o Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, centra-se numa Lisboa que nem sempre está acessível aos olhos de todos. Trata-se dos rituais e culturas dos africanos que vivem na cidade. Em cena de 14 a 24 de Fevereiro.
Em "Lisboa Invisível", dá-se voz a narrativas normalmente emudecidas, encontram-se paradigmas comuns e especificidades e diferenças entre um grande grupo de pessoas com raízes africanas. Em comum, uma língua que os une apesar dos múltiplos sotaques.



TELEFONE
213257650
LOCAL
Lisboa,
Teatro Municipal de S. Luiz - R. Antº Maria Cardoso, 38-58
HORARIOS
De 14-02-2008 a 23-02-2008Quarta a sábado às 21h00Domingo às 17h30 (sessão com interpretação em língua gestual portuguesa)
OBSERVAÇÕES
Ciclo Outras Lisboas - África.
ENCENADOR/ES
Miguel Seabra, Natália Luiza

12 fevereiro 2008

Pé em Luanda

Quem sou eu? De que matéria serei feita? As minhas convicções serão maiores ou menores do que eu?
Não, não estou com uma crise de identidade. Pelo contrário: os meus pés andam bem assentes naquilo que eu sei que sou e no que quero. E tudo sem que possa escapar à minha condição de ocidental (para ser mais exacta, portuguesa e latina!) em terras tropicais.
Assim me vou descobrindo adjectivadamente ocidental... No tempo que sinto, nos caminhos que percorro, nas conversas que prolongo. E descobrir-me assim em Luanda tem sido uma aprendizagem, a beber o melhor que tenho aqui.

07 fevereiro 2008

Dei-me portanto a um exaustivo labor

Seguindo a sugestão de big foot, que tal começar com uma refeição no templo hindu e depois ir até ao CCB? De 11 a 19 de Fevereiro, há lá um ciclo dedicado a um antropólogo, documentarista e escritor de Angola, Ruy Duarte de Carvalho.


CICLO RUY DUARTE DE CARVALHO NO CCB
DEI-ME PORTANTO A UM EXAUSTIVO LABOR
11-02-2008 - 19-02-2008
Este novo ciclo do CCB é dedicado a um dos autores mais fecundos do espaço lusófono e da língua portuguesa. Na obra de Ruy Duarte de Carvalho, e em cada um dos seus livros, cruza-se uma rara multiplicidade de textos. É assim que o ficcionista é também etnógrafo e antropólogo, e ainda ensaísta, e a imaginação cinematográfica e fotográfica está sempre presente: quando etnógrafo, a auto-reflexividade do ensaísta cruza-se com o rigor da análise e da descrição; quando fotógrafo ou cineasta, também está presente a densidade do texto escrito, e a atenção do agrónomo para as paisagens geográficas e humanas; e sempre, em todo o seu trabalho, está o poeta, na busca incessante “da adequação da palavra à condição da experiência”, explorando deliberadamente “o miolo semântico das palavras”.

Durante uma semana será lançado um novo livro de Ruy Duarte de Carvalho sobre o cinema e as suas relações com a literatura e a antropologia. Após a leitura de textos, a sua obra escrita será discutida por um conjunto de leitores. Haverá também um debate sobre o lugar da imagem, cinematográfica e fotográfica, no seu trabalho. A exposição, concebida a partir da figura do caleidoscópio, trará a multiplicidade e complexidade da criação do autor angolano. Serão projectadas duas longas-metragens de ficção; e estarão visíveis em monitores uma grande quantidade dos seus documentários. Aspectos da sua obra literária serão também discutidos numa comunidade de leitores. A encenação de Manuel Wiborg, a partir do livro Vou lá visitar pastores, será reposta em dois espectáculos.

06 fevereiro 2008

Templo hindú RADHA-KRISHNA

Os meus pés têm andado desaparecidos... sem muito para contar e partilhar!

Mas hoje o meu regresso leva-nos a caminhar para outras culturas e continentes ... até ao Templo Radha-Krishna, um local de culto hindu em Lisboa que tive o prazer de conhecer este fim-de-semana.

Para além de reservado ao culto religioso, também podemos esperimentar a gastronomia caseira indiana.

Se quiserem viajar por momentos, deêm um saltinho até lá!



'RADHA-KRISHNA' DE TELHEIRAS CRESCE TODOS OS ANOS PARA SER O MAIOR DA EUROPA

O templo Radha-Krishna, em Lisboa, é uma obra em permanente construção desde finais de 1989. O local de culto para a população hindu que vive na capital ocupa onze hectares da Alameda Mahatma Gandhi em Telheiras, e quando ficar concluída, será o maior templo da Europa. Este é, no entanto, um objectivo que ainda não tem uma data, uma vez que a conclusão do complexo religioso depende sobretudo dos fundos angariados entre esta comunidade.
O templo Radha-Krishna é uma obra do arquitecto português Augusto da Silva, inspirada no estilo e na tradição arquitectónica indiana dos templos hindus. A parte reservada ao culto religioso, bem como o salão de festas e a cozinha, foram inaugurados em Novembro 1998, mas desde essa data o complexo foi crescendo cada vez mais. Hoje, além da biblioteca, das salas de jogos ou dos espaços destinados à formação profissional, o complexo conta ainda com uma creche, um centro de idosos ou um restaurante vegetariano. Restam ainda outras ambições como criar um posto médico e um pavilhão desportivo.
A Comunidade Hindu de Portugal conta com cerca de 15 mil membros e é reconhecida como uma Instituição Particular de Solidariedade Social. Mais de 50% desta comunidade vive sobretudo na Área Metropolitana de Lisboa e é principalmente oriunda do Estado indiano de Gujarat.


in http://lisboakamo.blogspot.com/2007/10/outros-credos-salpicam-lisboa.html

Luanda

Pezinho de lã anda por terras angolanas. Em breve, terei de mudar o meu nome para pé de chumbo, dada a quantidade de funge e feijão de óleo de palma que tenho comido. Viva a gula, aquele pecado capital tão interessante!


A contribuir para esse estado são os almoços de trabalho, que têm um "suponhamos" atrás e que acabam por não ser de trabalho, apenas de bom convívio kalu!

Outras novidades de Luanda: a cidade está cheia de polícias; o novo edifício da Sonagol tem um heliporto no telhado; os chineses multiplicam-se; os buracos na rua também; dos candongeuiros nem é bom falar...

Sugestão de leitura

O último número da edição portuguesa National Geographic tem como tema de destaque a geração de faraós núbios que governou o Egipto. Isso deu, nos anos 50 e 60 do século XX direito a algumas teses polémicas relacionadas com o poder dos africanos (mas isso são outros carnavais).
Não foi a reportagem que me suscitou mais interesse.
Revisitei a cidade romana de Ammaia, perto de Marvão, por onde andei no Carnaval do ano passado.
Mas o que vale mesmo a pena ler: uma reportagem sobre o poeta japonês Matsuo Bashô, um verdadeiro viajante no seu país, há mais de 300 anos. As fotografias são magníficas e o texto também. Afinal, e como ele escreveu, "Cada dia é uma viagem e a própria viagem é o lar".

03 fevereiro 2008

Pé em Luanda

O meu alojamento em Luanda fica a um pé do Estado Maior das Forças Armadas, a dois pés do Palácio Presidencial na Cidade Alta, a três pés da Assembleia Nacional e a quatro pés da Mutamba.
Por cá diz-se que Angola é Luanda e a capital é a Mutamba. Vejam como estou bem!
Bom pé de folia hoje, domingo de Carnaval! Eu vou até à Samba.