07 fevereiro 2008

Dei-me portanto a um exaustivo labor

Seguindo a sugestão de big foot, que tal começar com uma refeição no templo hindu e depois ir até ao CCB? De 11 a 19 de Fevereiro, há lá um ciclo dedicado a um antropólogo, documentarista e escritor de Angola, Ruy Duarte de Carvalho.


CICLO RUY DUARTE DE CARVALHO NO CCB
DEI-ME PORTANTO A UM EXAUSTIVO LABOR
11-02-2008 - 19-02-2008
Este novo ciclo do CCB é dedicado a um dos autores mais fecundos do espaço lusófono e da língua portuguesa. Na obra de Ruy Duarte de Carvalho, e em cada um dos seus livros, cruza-se uma rara multiplicidade de textos. É assim que o ficcionista é também etnógrafo e antropólogo, e ainda ensaísta, e a imaginação cinematográfica e fotográfica está sempre presente: quando etnógrafo, a auto-reflexividade do ensaísta cruza-se com o rigor da análise e da descrição; quando fotógrafo ou cineasta, também está presente a densidade do texto escrito, e a atenção do agrónomo para as paisagens geográficas e humanas; e sempre, em todo o seu trabalho, está o poeta, na busca incessante “da adequação da palavra à condição da experiência”, explorando deliberadamente “o miolo semântico das palavras”.

Durante uma semana será lançado um novo livro de Ruy Duarte de Carvalho sobre o cinema e as suas relações com a literatura e a antropologia. Após a leitura de textos, a sua obra escrita será discutida por um conjunto de leitores. Haverá também um debate sobre o lugar da imagem, cinematográfica e fotográfica, no seu trabalho. A exposição, concebida a partir da figura do caleidoscópio, trará a multiplicidade e complexidade da criação do autor angolano. Serão projectadas duas longas-metragens de ficção; e estarão visíveis em monitores uma grande quantidade dos seus documentários. Aspectos da sua obra literária serão também discutidos numa comunidade de leitores. A encenação de Manuel Wiborg, a partir do livro Vou lá visitar pastores, será reposta em dois espectáculos.

Sem comentários: