Receita de Ano Novo

Que todos os pés sejam felizes em 2008! Vale a pena ler a "Receita de Ano Novo" de um dos meus poetas preferidos do lado de lá do Atlântico, uns pés mais a sul:

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

Pé de balanço

Nesta altura do ano (do fim dele...), há quem aproveite para fazer balanços do que correu bem e do que correu menos bem ao longo de 365 dias.

Há muitos pés que poderão precisar de umas frases-ajuda para as reflexões. Felizmente, tenho conhecido verdadeiros filósofos que nos regalam com preciosidades, agora partilhadas:

"Na vida tudo passa. Até a uva passa." (Manel)

"Se o teu passado é uma miséria, o teu futuro para lá caminha. Mete-te na tua vida!" (Horácio)

"Se não morrer de alegria, viverei feliz toda a vida!" (Nino)

Há dias assim

Hoje foi o dia de eu ir buscar as mais velhas da família para passarem um Natal com pezinho de lã. A primeira, que vive mais perto, passou o caminho a falar de azeitonas e da necessidade que as pessoas têm de construir casas junto umas das outras (os pés humanos são gregários, pois claro!). A segunda, que vive mais longe, passou o caminho a rezar o terço, só fazendo escutar a passagem das contas e os assobios do costume quando se reza.

A música salva! E vim a escutar um CD que já não ouvia há tanto pé de tempo... Para quem quiser ver uma das músicas:

http://br.youtube.com/watch?v=fohk94TTg38

É Natal??

E porque a época assim o exige, aqui ficam os nossos votos de AMIZADE Natalícia e que em 2008 os nossos pés caminhem por estradas sem grandes pedregulhos.

Sugestão

La Casa Encendida, em Madrid (juntinho à estação de Atocha), tem uma série de actividades interessantes e exposições. Para quem não puder dar um pé de viagem até lá, fica uma visita virtual a uma exposição sobre Andy Warhol:

http://video.alisys.net/cajamadrid/casaencendida/warhol/index.html

PUTTIN Pessoa do Ano

Mas porque é que será que o Sr. Puttin foi eleito a Pessoa do Ano pela TIME??? Grande surpresa para muita gente, principalmente para aqueles que estavam no rol dos candidatos como Al Gore e J. K. Rowling. Fica aqui um breve excerto retirado da Time:

TIME's Person of the Year is not and never has been an honor. It is not an endorsement. It is not a popularity contest. At its best, it is a clear-eyed recognition of the world as it is and of the most powerful individuals and forces shaping that world—for better or for worse. It is ultimately about leadership—bold, earth-changing leadership. Putin is not a boy scout. He is not a democrat in any way that the West would define it. He is not a paragon of free speech. He stands, above all, for stability—stability before freedom, stability before choice, stability in a country that has hardly seen it for a hundred years. (http://www.time.com/)

Para aquecer os pés

Contra os pés frios, e porque é Natal, recomendamos as meias do Pai Natal!

Pés que permaneceram livres de amarras

Há pés revoltados contra o status quo social que os poderosos impõem. Foi o caso do Rei Amador, um escravo são-tomense dono de uns pés sempre em rebelião contra os senhores dos engenhos de açúcar. Quando foi capturado, não lhe salvaram a cabeça nem as mãos, cortadas para servirem de exemplo aos companheiros de lutas. Mas os seus pés permaneceram livres de amarras e correntes.

Para se perceber a importância dos pés nos caminhos da liberdade, leiam o poema de Conceição Lima, "Segunda revolta de Amador":

De novo as nuvens cobrirão o pico,

E os homens marcharão sobre a planície,

De novo como previstas subirão as marés,

Para lavar dos caminhos as folhas mortas,

E os passos perdidos.

Sugestão

Num destes solarengos dias em Lisboa, conheci o Palácio da Independência, a sede da Sociedade Histórica da Independência de Portugal.

Apesar do seu ar vetusto, é um sítio a conhecer na capital, quanto mais não seja pelo café acompanhado de um delicioso bolo numa esplanada interior bonitinha.

Fica junto ao Teatro Nacional D. Maria II, para quem quiser ir até lá.

Pé de felicidade assim

Há algum tempo, surgiu neste blog um excerto do diário da minha muito querida e atormentada pintora Frida Kahlo: "para que preciso de pés se tenho asas para voar?".

Ontem, ao ver a Grande Entrevista de Judite de Sousa a Salvador Mendes de Almeida, lembrei-me desta frase, quando ele, tetraplégico desde um acidente de 1998, disse que caminhava de outra maneira.

O seu recente livro, escrito com António Paisana, abre-nos palavras de uma coragem e de uma felicidade maiores do que muitos mundos, do que muitos pés. Talvez aqueles pés que não conseguem ser felizes assim...

All these things that I've done

When there's nowhere else to run
Is there room for one more son
One more son
If you can hold on
If you can hold on, hold on
I wanna stand up, I wanna let go
You know, you know - no you don't, you don't
I wanna shine on in the hearts of men
I want a meaning from the back of my broken hand

Another head aches, another heart breaks
I am so much older than I can take
And my affection, well it comes and goes
I need direction to perfection, no no no no

Help me out
Yeah, you know you got to help me out
Yeah, oh don't you put me on the blackburner
You know you got to help me out

And when there's nowhere else to run
Is there room for one more son
These changes ain't changing me
The cold-hearted boy I used to be

Yeah, you know you got to help me out
Yeah, oh don't you put me on the blackburner
You know you got to help me out
You're gonna bring yourself down
Yeah, you're gonna bring yourself down
Yeah, you're gonna bring yourself down

I got soul, but I'm not a soldier
I got soul, but I'm not a soldier
...

Yeah, you know you got to help me out
Yeah, oh don't you put me on the blackburner
You know you got to help me out
You're gonna bring yourself down
You're gonna bring yourself down
Yeah, oh don't you put me on the blackburner
Yeah, you're gonna bring yourself down

Over and out, last call for sin
While everyone's lost, the battle is won
With all these things that I've done
All these things that I've done
If you can hold on
If you can hold on


The Killers

O descanso do guerreiro

in Público

O descanso do guerreiro
Um camponês filipino descansa os pés depois de ter feito 1700 quilómetros entre Sumilao e a entrada do palácio presidencial, na capital, Manila... Foto: Romeo Ranoco/Reuters

Pezinhos de lã

O primeiro amor chegou com pezinhos de lã.

Não o ouvi nem o vi chegar. Invadiu-me pouco a pouco e morou em mim antes de lançar a sua flecha de Cupido na minha consciência. Antes de eu ter tempo de me aperceber da sua presença. Antes de isolar essa presença como tal, antes de a confessar a mim própria.

Rauda Jamis, Frida Kahlo: Auto-Retrato de uma Mulher

Frutas de São Tomé

Souvenires de São Tomé nos pés

Pezinho de lã em São Tomé

Roça Monte Café

Roça São João

Bairro Água Bom-Bom, Cidade de São Tomé

Despedidas

Os meus pés estão a ir-se embora de São Tomé. De regresso às raízes, deixo para trás um mês de boas sensações, de muitas descobertas, de inúmeras vistas deslumbrantes e de sabores indescritíveis.

Mas tenho saudades daí... Vai ser excelente voltar!

Parte II da Saga Pé de Lama!

Se eu pensei que ontem o meu pé estava bem enlameado, hoje é que foi! E nem as calças, ainda que curtas, escaparam.

Os meus pés antropológicos andam, nestes dias, a entrevistar videntes, médicos tradicionais e curandeiros. Há um deles, o sr. Tenente, que vive em Água Bombom, e que tem um caminho de lama até à sua casa. Nem sei se valeu a pena todo o caminho... Mas senti-me uma espécie de David Attenborough a caminhar entre a selva!

Valeu, e bem, o almoço surpresa que o meu amigo Nino (o taxista maravilha desta ilha que até já foi candongueiro em Angola) preparou em sua casa. E a água do seu tanque.

Pé de lama

Ontem o dia amanheceu com um sol espectacular. Mas eis que, leve-leve, surgem umas nuvens que se foram tornando cada vez mais ameaçadoras!

Quando os pés da chuva decidiram vir para terra, eu estava com umas sandálias em terra batida que, de repente, ficou lama. Nem o facto de as minhas sandálias serem todo-o-terreno me salvou de ficar castanha.

Pelos vistos, a minha metamorfose em preta começa pelos pés...

O mar, as pedras e o pé

Sem comentários... Tudo é quente por cá...

Pezinho descalço em São Tomé

Juro por todos os santos de todas as religiões que queria pôr mais umas fotos do meu pé, mas a ligação internética por aqui também é demasiado leve-leve...

Fica uma, tirada no quarto onde dormi na Roça São João, em São João dos Angolares.

São Romão em São João de Angolares

Os meus pés andaram por Anguéné ou, em português, São João de Angolares. Nessa zona, vivem os chamados Angolares, que se consideram um povo distinto dos demais são-tomenses.

Lá, entrevistei um senhor, chamado João, que é angolar e que me explicou uma série de particularidades da identidade da sua comunidade. No fim, ele perguntou-me de onde eu era e eu lá expliquei onde os meus pés agora vivem e onde foram criados. Foi quando ele me revelou que o seu pai se chamava Medeiros e era de São Romão, essa terra tão ilustre... Outros pés serranos andaram por aqui...

Por onde andará o meu pé...

Amanhã é dia de partida da cidade: vou para São João de Angolares.

O meu pé vai descansar na roça de João Carlos Silva (aquele cozinheiro engraçado e simpático do lindo, lindo lindo, do programa Na Roça com os Tachos).

Se quiserem dar um pé de olhos, vão a http://www.navetur-equatour.st/Roca_de_Sao_Joao.htm.

Peso & Medida

Peso & Medida é o site português de referência no domínio da obesidade e comportamentos associados.

Peso & Medida é um site feito por especialistas e dedicado a especialistas e público interessado.

Peso & Medida abrange as áreas da nutrição, exercício, medicina, psicologia, educação, saúde pública, entre outras.

Peso & Medida constitui um repositório de recursos informativos permanentemente actualizados e cientificamente validados sobre as temáticas da obesidade e comportamentos associados

Peso & Medida inclui informação acessível ao público e pretende servir de veículo de informação para educadores, pais e cidadãos preocupados com a temática da obesidade.

Peso & Medida é uma plataforma central de informação de ideias, recursos, programas e iniciativas nacionais dedicados à prevenção, tratamento e estudo da obesidade, incluindo o Observatório Nacional de Controlo do Peso.

Peso & Medida é produzido por uma equipa de especialistas da Faculdade de Motricidade Humana - Universidade Técnica de Lisboa, dirigida pelos professores Pedro Teixeira e Luís Bettencourt Sardinha, em colaboração com técnicos e especialistas de outras instituições nacionais e estrangeiras, e pela equipa editorial do jornal Público.

Peso & Medida é um site de informação fruto de uma parceria entre o jornal Público e a Faculdade de Motricidade Humana e alia o rigor científico à vivacidade informativa, num quadro de absoluta independência editorial.

Visitem:

http://static.publico.clix.pt/pesoemedida/default.asp

Os pés de Tutankamon

Tutankhamon foi um faraó do Antigo Egipto que faleceu ainda na adolescência. Era provavelmente filho e genro de Akhenaton (o faraó que instituiu o culto de Aton, o deus Sol) e filho de Nefertiti. Casou-se aos 10 anos com Ankhsenpaaton que, mais tarde, trocaria o seu nome para Ankhsenamon. Assumiu o trono quando tinha cerca de nove anos, restaurando os antigos cultos aos deuses e os privilégios do clero (principalmente o do deus Amon de Tebas) e morreu, aos dezanove anos, sem herdeiros.
Devido ao facto de ter falecido tão novo, o seu túmulo não foi tão sumptuoso quanto a de outros faraós, mas mesmo assim é a que mais fascina a imaginação moderna pois foi uma das raras sepulturas reais encontradas quase intacta. Ao ser aberta, em 1922, ela ainda continha peças de ouro, tecidos, mobília, armas e textos sagrados que revelam muito sobre o Egipto de 3400 anos atrás.

Fonte: www.wikipedia.org

Pés a ficarem bronzeados

O trabalho que este pezinho de lã anda a fazer em São Tomé está a correr muito bem, dentro dos horários de funcionamento das instituições. E de acordo com os apetites dos meus informantes.

A fruta é maravilhosa. Ananás, manga, papaia, maracujá, jaca fazem as minhas delícias.

Mas: hoje queria mata-bichar pão com manteiga e leite no Papa-Figo. "Leite? Não há no país!"

Mas: os ninjas e o exército andam de candeias às avessas. No domingo passado estive (mais ou menos) em recolher obrigatório em casa. E hoje, ao caminhar junto à Sé, vi grandes aglomerados de pés policiais, temendo que os ninjas fizessem das suas, como aconteceu há dois dias...

O que me sossega, é que esta é a terra do leve-leve...

Opê

Opê significa "pé" em crioulo forro, uma das línguas de São Tomé.

Ainda não saí da cidade, mas vou pôr o meu opê a caminhar por aí, por essa ilha...

Crónica de São Tomé

Pezinho de lã comunica com blogosfera, em directo do Kia.Net, em São Tomé.

A cidade já foi quase toda percorrida. Aliás, só o calor e a humidade fazem com que os meus pezinhos fiquem mais cansados, porque é tudo plano, fácil de encontrar. Quer dizer... A falta de iluminação nocturna pode impedir que vejamos onde pomos o pé.

Alguns dados: O acompanhamento preferencial da carne ou do peixe é a banana. A comida é muito boa. A fruta é deliciosa. As pesssoas são bem acolhedoras. A água do mar é quente. A vida, para nós, é barata. A vida, para os são-tomenses, é excessivamente cara.

Em resumo: este pé está feliz.

Um divertido Halloween

"Halloween: Nome original, inglês, do Dia das Bruxas, diz a popular Wikipedia. Sem tradição entre nós, a noite do Dia das Bruxas (termo usado em português), que hoje se celebra, está mais próxima, geograficamente, da nossa cultura do que se possa imaginar.

O termo tem origem celta e diz respeito a uma celebração do calendário celta irlandês. Para os celtas, o período entre o dia 30 e 2 de Novembro marcava o fim do Verão e o início de um ano novo. Os celtas acreditavam que, na noite de dia 31, a barreira que separava o mundo dos vivos e dos mortos ficava vulnerável. Era nessa noite consagrada – ou hallow evening , que eram homenageados os deuses e os entes queridos que já tinham partido. Dançavam e cantavam para espantar os entes desaparecidos que, segundo as lendas, vinham procurar um novo corpo para ocupar em vida.

Mas a raiz celta da festa pagã está longe do Dia das Bruxas que acabamos por celebrar.

De onde vem então o Dia das Bruxas? Uma das teses avançadas remonta à Idade Média. No âmbito das perseguições da Inquisição a todos os seguidores de ritos pagãos, a Igreja, que entretanto adopta a data de 1 de Novembro como Dia de Todos os Santos (pressupõe-se que numa forma de adaptação do “All Hallows Eve”, da tradição saxónica, ainda celebrado na Irlanda), persegue e pune quem celebra a data fora dos ritos dedicados às santidades católicas.

O calendário litúrgico católico acabaria por consagrar, nos séculos IV e V o dia 1 de Novembro como Dia de Todos os Santos. Os fiéis que falhem a consagração de alguma alma santa, esquecida, ao longo do ano, têm, no dia de amanhã, a oportunidade de se redimirem. Depois, no dia 2, chega a vez da consagração de todas as outras almas, no Dia de Finados. A prática do Halloween nos Estados Unidos acabou por ser introduzida pelos imigrantes irlandeses, que levaram a tradição da celebração com raiz celta."

in http://www.publico.pt

Boa viagem Africana...

... não de sangue mas de coração e de estudo.

Vamos acompanhar a tua aventura deste lado frio e gélido com a ajuda deste mapa lindinho, enquanto tu vais estar a torrar ao sol!

Have fun.

Parabéns a dois pés

Dois pés tão iguais e tão diferentes...

Parabéns, Big Foot e Mindinho!!!!!!!!

Há uns anitos,

"o palco do mundo vincava-se
de novas encenações
estrelas chegaram"

(sim, é de Ondjaki...)

Prémio Village Express para a UBI

"Lazarus" foi o filme vencedor

O prémio Village Express foi atribuído a um aluno da Universidade da Beira Interior. O filme “Lazarus”, de Filipe Carvalho, sagrou-se vencedor na competição de curtas-metragens para alunos universitários ou escolas profissionais. O prémio vai ser entregue durante a Mostra de Curtas-Metragens do Curso de Cinema da UBI – a decorrer nos dias 13, 14 e 15 de Novembro.

in Antena 3

Diz que é uma espécie de documentário

http://www.fridakahlo.it/video.html

Para quem quiser dar um pé de vista numa montagem de vídeos caseiros mexicana Frida Kahlo, pintora da minha preferência.

http://doclisboa.org

Prémios MTV EMA

Não se esqueçam de votar nos Buraka Som Sistema para a banda ganhar a categoria "New Sounds Of Europe"

http://ema.mtv.pt/nsoe/voteNow#/new-sounds-of-europe

Desde o dia 14 de Outubro, que está a ser eliminado um país (artista local) por dia. O artista com menos votos nesse dia é eliminado. No dia 28 de Outubro, apenas três bandas permanecerão em jogo.

A cerimónia acontece no dia 1 de Novembro em Munique na Alemanha.

Cine'Eco 2007

Levem os vossos pés até à Serra Estrela. É em SEIA que está a decorrer a Cine'Eco. Conheçam o programa aqui:

http://www.cineeco.org/default2.htm (versão flash)

http://www.cineeco.org/home.asp?lang=en (versão HTML)

Os pés também servem para dançar

A Drunken Man's Praise Of Sobriety

Come swish around, my pretty punk,
And keep me dancing still
That I may stay a sober man
Although I drink my fill.

Sobriety is a jewel
That I do much adore;
And therefore keep me dancing
Though drunkards lie and snore.

O mind your feet,
O mind your feet,
Keep dancing like a wave,
And under every dancer
A dead man in his grave.

No ups and downs, my pretty,
A mermaid, not a punk;
A drunkard is a dead man,
And all dead men are drunk.

William Butler Yeats

Luanda

Uma das zonas de Luanda de que mais gosto é o Largo do Kinaxixi. Para uma "pula" como eu, é engraçado ver os cortejos de noivos a tirar fotos no jardim, é interessante obervar a estátua da Rainha Nzinga Mbandi com o ar colossal de quem lutou toda a vida pelos seus objectivos, é penoso ver a forma como muitos refugiados de guerra se instalam como e onde podem, é bom visitar os amigos que vivem nas redondezas ou sentir o sopro das Kyanda na pele. Uma série de sentimentos que nos fazem ver as vidas reais, a minha e a dos outros, "sentir tudo de todas as maneiras", fosse eu modernista!

Um dos edifícios emblemáticos do Kinaxixi é um prédio que está a cair desde a construção (acertadamente chamado de "Tchetchénia"). Outro é o mercado, construído no tempo colonial, a precisar de reparações várias. Para mim, o que querem fazer dele não é uma reparação, mas sim uma aberração, como se pode ver na imagem. Quando, do fundo da Rua da Missão, olhar para o alto do Largo do Kinaxixi, verei a Kyanda zangada...

Knojo!

Querem saber mais sobre o RANHO??? Então visitem a exposição Knojo inaugurada hoje no Pavilhão do Conhecimento em Lisboa.

"Sabia que engole mais de um litro de muco por dia? Sabe o que provoca o mau hálito e o suor? E o que provoca os barulhos estranhos do estômago ou a composição dos macacos do nariz? Uma exposição verdadeiramente repugnante mas divertida, intitulada Knojo!, é a proposta do Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, para explorar a ciência indiscreta do corpo humano." (www.publico.pt)

Arte com pés

What the Water Gave Me (1938), de Frida Kahlo

Pés a brincar

Ainda por Bata,

a construção de brinquedos

por um menino com pés que serão grandes.

De quem são estes pés?

Vá... Esta é fácil de adivinhar. Ainda por cima há pistas na foto!

Poema com pés

AL PIE DESDE SU NIÑO

EL pie del niño aún no sabe que es pie,
y quiere ser mariposa o manzana.
Pero luego los vidrios y las piedras,
las calles, las escaleras,
y los caminos de la tierra dura
van enseñando al pie que no puede volar,
que no puede ser fruto redondo en una rama.
El pie del niño entonces
fue derrotado, cayó
en la batalla,
fue prisionero,
condenado a vivir en un zapato.
Poco a poco sin luz
fue conociendo el mundo a su manera,
sin conocer el otro pie, encerrado,
explorando la vida como un ciego.
Aquellas suaves uñas
de cuarzo, de racimo,
se endurecieron, se mudaron
en opaca substancia, en cuerno duro,
y los pequeños pétalos del niño
se aplastaron, se desequilibraron,
tomaron formas de reptil sin ojos,
cabezas triangulares de gusano.
Y luego encallecieron,
se cubrieron
con mínimos volcanes de la muerte,
inaceptables endurecimientos.
Pero este ciego anduvo
sin tregua, sin parar
hora tras hora,
el pie y el otro pie,
ahora de hombre
o de mujer,
arriba,
abajo,
por los campos, las minas,
los almacenes y los ministerios,
atrás,
afuera, adentro,
adelante,
este pie trabajó con su zapato,
apenas tuvo tiempo
de estar desnudo en el amor o el sueño,
caminó, caminaron
hasta que el hombre entero se detuvo.
Y entonces a la tierra
bajó y no supo nada,
porque allí todo y todo estaba oscuro,
no supo que había dejado de ser pie,
si lo enterraban para que volara
o para que pudiera
ser manzana.

Pablo Neruda

Pés a brincar

Esta foto chegou-me hoje de Bata, na Guiné Equatorial. Há pés catalães por lá a fotografar as brincadeiras dos meninos.

Pés desvendados

Já que não houve sugestões sobre os pés incógnitos, desvenda-se o mistério:

pertencem ao alter-ego africano de Mindinho

Pé de fim-de-semana

Graças à implantação da República, a 5 de Outubro de 1910, tivemos um fim-de-semana de mais um dia.

Começámos na Bica...

No dia seguinte, Óbidos

acolheu os nossos pés,

mesmo sendo uma bela vila habituada a ter outra espécie de pegadas...

De quem são estes pés?

No seguimento de dois posts, "A teus pés", publicados por Mindinho, inaugura-se uma nova rubrica neste blog: "De quem são estes pés?".

E de quem serão estes? :)

Pisar o Risco

Salman Rushdie é um dos meus autores de eleição, desde que, já há bastante tempo, li os Versículos Satânicos.

Ontem revisitei um livro de crónicas cujo título se implica neste blog: Pisar o Risco (editado em 2004 pela D. Quixote).

E não é que, passados alguns anos sobre a escrita dos textos, alguns problemas deste mundo e do outro se mantêm tão actuais?

Fica a sugestão de uma boa leitura.

Grandes pés verdes

Ontem o grande SCP ganhou ao Dínamo de Kiev.

Mais palavras para quê? Grandes pés os que marcaram os 2 golos.

Pé de amizade

A música é sempre subjectiva. A interpretação cabe a cada um de nós. Para mim "Encosta-te a Mim" do Jorge Palma contempla a amizade. Esta música é para vocês. (http://www.youtube.com/watch?v=Tu9HPz__3ys)

Jorge Palma – Encosta-te a Mim

Encosta-te a mim,

nós já vivemos cem mil anos

encosta-te a mim,talvez eu esteja a exagerar

encosta-te a mim,dá cabo dos teus desenganos

não queiras ver quem eu não sou,

deixa-me chegar.

Chegado da guerra,

fiz tudo p´ra sobreviver em nome da terra,

no fundo p´ra te merecer

recebe-me bem,

não desencantes os meus passos

faz de mim o teu herói,

não quero adormecer.

Tudo o que eu vi,

estou a partilhar contigo

o que não vivi, hei-de inventar contigo

sei que não sei, às vezes entender o teu olhar

mas quero-te bem, encosta-te a mim.

Encosta-te a mim,

desatinamos tantas vezesvizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal

recebe esta pomba que não está armadilhada

foi comprada, foi roubada, seja como for.

Eu venho do nada porque arrasei o que não quis

em nome da estrada onde só quero ser feliz

enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada

vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.

Tudo o que eu vi,

estou a partilhar contigo o que não vivi,

um dia hei-de inventar contigo

sei que não sei, às vezes entender o teu olhar

mas quero-te bem, encosta-te a mim

Encosta-te a mim

Encosta-te a mim

Quero-te bem.

Encosta-te a mim.

Pé de música

Neste dia mundial da música, fica a sugestão de uma canção popular portuguesa:

Ora ponha aqui, ora ponha aqui
o seu pezinho.
Ora ponha aqui, ora ponha aqui
ao pé do meu.

E ao tirar, e ao tirar
o seu pezinho.
Ai um abraço, ai um abraço,
lhe dou eu.

Ora dizem mal, ora dizem mal
dos caçadores.
Ai por matarem, por matarem
os pardais.

Ai os teus olhos, ai os teus olhos
ó menina.
Ainda matam, ainda matam
muito mais.

Ora vamos lá, ora vamos lá
dizer adeus.
Chegou a hora, chegou a hora
de partir.

Mas ao voltar, mas ao voltar
à nossa terra.
O nosso adeus, o nosso adeus
seja a sorrir.

Cabo Verde não é o meu próximo destino insular, mas fica a sugestão amiga de uma quadra com pés:

Cape Verde

I walked the shores of Cape Verde
On my bare feet
The sea water of Cape Verde
Washed my bare feet

Aldo Kraas

Poema com pés

The Feet of Judas, de George Marion McClellan

CHRIST washed the feet of Judas!
The dark and evil passions of his soul,
His secret plot, and sordidness complete,
His hate, his purposing, Christ knew the whole,
And still in love he stooped and washed his feet.
Christ washed the feet of Judas!
Yet all his lurking sin was bare to him,
His bargain with the priest, and more than this,
In Olivet, beneath the moonlight dim,
Aforehand knew and felt his treacherous kiss.
Christ washed the feet of Judas!
And so ineffable his love ’twas meet,
That pity fill his great forgiving heart,
And tenderly to wash the traitor’s feet,
Who in his Lord had basely sold his part.
Christ washed the feet of Judas!
And thus a girded servant, self-abased,
Taught that no wrong this side the gate of heaven
Was ever too great to wholly be effaced,
And though unasked, in spirit be forgiven.
And so if we have ever felt the wrong
Of Trampled rights, of caste, it matters not,
What e’er the soul has felt or suffered long,
Oh, heart! this one thing should not be forgot:
Christ washed the feet of Judas.

Viajarão até lá os nossos pés?

Os mistérios do nosso universo...

Com um pé no Outono

As Mulheres do Meu Pai: para mim, o melhor livro de José Eduardo Agualusa (publicado este ano, na D. Quixote).

Como o Outono vai chegando pé-ante-pé e sem pressas, a nossa luz atlântico-mediterrânica continua a saber-me bem.

E o que têm a ver estas duas frases? A cópia de um excerto deste livro - sobre as nossas buscas e os sítios onde pomos os pés - que quero partilhar:

"Uma vez alguém perguntou ao escritor e jornalista polaco Ryszard Kapuscinski o que mais o impressionara em África. Kapuscinski não hesitou: «A luz!» É isto: onde uns vêem luz outros apenas distinguem sombras. Os que vêem sombras constroem muros para se protegerem. Tendem a ser fanáticos construtores de muros." (p. 112)

Outro poema com pés

Como hoje é dia de jogos para a Taça, fica um poema sobre futebol, desporto que se prefere jogado com os pés (ou as mãos do guarda-redes, ou a cabeça, mas sem murro!).


O anjo das pernas tortas

A um passe de Didi, Garrincha avança
Colado o couro aos pés, o olhar atento
Dribla um, dribla dois, depois descansa
Como a medir o lance do momento.

Vem-lhe o pressentimento; ele se lança
Mais rápido que o próprio pensamento
Dribla mais um, mais dois; a bola trança
Feliz, entre seus pés - um pé-de-vento!

Num só transporte a multidão contrita
Em ato de morte se levanta e grita
Seu uníssono canto de esperança.

Garrincha, o anjo, escuta e atende: - Goooool!
É pura imagem: um G que chuta um o
Dentro da meta, um 1. É pura dança!

De Vinicius de Moraes

Pés do outro mundo

Ao ver o noticiário televisivo e isento do canal 1 da RTP, ri-me devido à estupefacção que o senhor de nome impronunciável - Ahmadinejad - provocou com o que disse:

"In Iran we don't have homosexuals like in your country. We don't have that like in your country. ... In Iran we do not have this phenomenon. I don't know who's told you that we have this."

O "your country" são os Estados Unidos da América. Talvez ele estenda a sua opinião ao mundo ocidental.

Sic transit gloria mundi...

Pés de imigração

Uma imagem e um poema que valem mais do que qualquer palavra que eu aqui escreva sobre os dramas da imigração.

Chegada de imigrantes da África Subsariana às Canárias

Venho de um Sul

Vim do leste

dimensionar a noite

em gestos largos

que inventei no sul

pastoreando mulolas e anharas

claras

como coxas recordadas em Maio.

Venho de um sul

medido claramente

em transparência de água fresca de amanhã.

De um tempo circular

liberto de estações.

De uma nação de corpos transumantes

confundidos

na cor da crosta acúlea

de um negro chão elaborado em brasa.

(Poema do angolano Ruy Duarte de Carvalho, encontrado no livro Chão de Oferta).

Para não andar a pé

Os famosos candongueiros de Luanda:

Uma lança africana por cá

O nosso mundo é cada vez mais multicultural. Pelo menos, é o que vamos lendo um pouco por todo o lado, o que faz da multiculturalidade um assunto da moda. Como se antes todos os pés do planeta estivessem separados e sem contactos...

De qualquer modo, fica aqui uma notícia fresca, de um pézinho africano em Portugal:

O grupo Buraka Som Sistema é o candidato português ao prémio de banda europeia revelação da MTV, cujo vencedor será conhecido a 1 de Novembro em Munique, na Alemanha.

O trio português concorre nesta categoria com mais 16 bandas, escolhidas pelos canais nacionais da MTV.

Os Buraka Som Sistema estão também nomeados na categoria Melhor Banda Portuguesa, um prémio regional atribuído pela MTV Portugal, ao lado de Da Weasel, Sam the Kid, Blasted Mechanism e Fonzie.

A cerimónia de entrega dos prémios será apresentada pelo rapper norte-americano Snoop Dogg e contará com as actuações dos Foo Fighters, Mika e Avril Lavigne, entre outros.

(fonte: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1305630&idCanal=14)

Pés a chocalhar

Os nossos pés andaram por Alpedrinha no sábado a dançar ao som do ribombar!

E as ginginhas souberam muito bem nestes Chocalhos...

Lara

Após umas pesquisas, descobri que

Lara:

é um dos Estados da Venezuela;

é uma freguesia do concelho de Monção;

é um filme brasileiro sobre a actriz Odete Lara;

é o nome da mãe biológica do Super-Homem;

é o nome de uma personagem do livro Doutor Jivago, de Boris Pasternak;

e, por fim, é o nome da personagem do jogo Tomb Raider (que além de se chamar Lara, tem sobrenome de brandy).

Terá sido esta a inspiração para o nome da recém-chegada ao maravilhoso mundo?

Bem vinda Lara!!!

Custou, mas agora já há mais uma grande mulher no Mundo ...

Vosso Amor, o Meu Sorriso

Vosso Amor, o Meu Sorriso é um filme que, provavelmente, não chegará cá.

Realizado pelo são-tomense Afonso Januário, aborda a questão da violência doméstica sofrida pelas mulheres são-tomenses, as suas causas, os seus efeitos sociais, as consequências que tem também sobre as crianças.

Fica a sugestão.

Lobos

Os homens muito grandes de barba muito rija que cantam "A Portuguesa" com lágrimas nos olhos e nos comovem defrontam hoje a Itália.

Boa sorte destes pés para os vossos ensaios.

Pé recém-chegado

A chegada de novos pés ao mundo é sempre excelente. Enquanto os da Lara não se decidem, deixo as boas-vindas aos da Yowisa (angolana de sua nacionalidade, só para o caso de o nome causar natural estranheza...)

Memórias estivais

Uns pingos de chuva já andam por aí. O fresquinho do fim de Verão já se vai tornando um frio que incomoda (sim, gosto de calor e de muito sol!).

Que boa semana passei com os pés na areia...