Quando não te posso contemplar
Contemplo os teus pés.
Teus pés de osso arqueado,
Teus pequenos pés duros,
Eu sei que te sustentam
E que teu doce peso
Sobre eles se ergue.
A caixa dos teus olhos
Que há pouco levantaram voo,
A larga boca de fruta.
Mas se amo os teus pés
É só porque andaram
Sobre a terra e sobre
O vento e sobre a água,
Até me encontrarem.
(Pablo Neruda, adaptado para a celebração presente do amor, com uns laivos de marketing estado-unidense...)
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